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terça-feira, 4 de março de 2008



Às centenas ficaram os suspiros, suspensos entre vastas nuvens de frio e imensos vazios.
Estava escuro, mas isso não era o importante.
À noite certas imagens que vemos parecem a preto e branco, lá pareciam-se preto, brancas e azuis.
_____Verdes.
Eu disse: está frio. Então fizemos amor.
As centenas tornaram-se as necessidades e o abraço durou exactamente o tempo das três luas extintas.
Depois despediram-se de sua montanha e fechou-se bem o portão atrás de si.
Às centenas entornaram os suspiros, o desejo, as insanidades, mornos, tão mornos... caindo sobre todas as árvores, pedras, flores, bicicletas, fotografias, e balões desaparecidos.
Cairam sobre nossos planos e sobre as músicas que ouvimos.
Hoje é o silêncio quem conta das lembranças e da ausência.


3 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

é sempre ele. Mie. o silêncio.

o eterno guardador da memória.


digo eu...
que sei pouco. muito pouco.

mas o suficiente para saber das "árvores" que vais tocando.


beijo.

sempre.
sim.

Anónimo disse...

fabuloso regresso a três luas, mié. nenhum vazio permanece quando assim se escreve. muito obrigada. gostei muito de ler. beijo grande.

(é bom poder contar consigo :)

Maria disse...

tinha falta de ti. saudades azuis.
o amor também é azul
tal como a ausência.........

Beijo, Mié

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