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quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A Estrada, Cormac McCarthy

Existe mesmo? O fogo?
Existe, sim.
Onde é que está? Eu não sei onde está.
Sabes, sim. Está dentro de ti. Sempre lá esteve. Eu consigo vê-lo.
A Estrada, Cormac McCarthy


Nós ainda somos os bons?

Sim. Nós ainda somos os bons.
E havemos de ser sempre.
Sim. Havemos de ser sempre.
Está bem.
A Estrada, Cormac McCarthy


Há outros homens bons. Tu disseste que sim.

Pois há.
Então onde é que eles estão?
Escondidos.
A Estrada, Cormac McCarthy

===Próxima leitura


O Inferno é a única coisa que pai e filho vislumbram ao fundo da estrada, numa terra devastada por uma Apocalipse. Os fortes laços que os unem são a sua única protecção perante a bárbarie e crueldade que são forçados a enfrentar a cada passo. O pai vive apenas para proteger o filho, o espelho de inocência. E a única forma de o filho poder salvar o pai é através da sua ternura e amor.
O estilo é despojado e conciso, seco e, no entanto, poético. Ler este livro é como voltarmos a enfrentar o horror presente em O Pássaro Pintado de Jerzy Kosinski, em combinação com o desespero de uma terra e um povo abandonados por Deus, sentimento tão presente na obra de Thomas Hardy.
É uma história que parte o coração, mas é esta visão distópica aterradora de Cormac McCarthy, a par de tantas outras, que serve como advertência contra as trevas que assombram o Homem.


Um dos mais realistas retratos do mundo em que vivemos.
Vencedor do Pullitzer Prize for Fiction de 2007, editado em Portugal pela Relógio D'Àgua
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1 comentário:

Maria disse...

Aguçaste-me a curiosidade.
Vou comprá-lo...

Beijinho

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