ISMOS

Olá P. como estás, há quanto tempo não te via, disse eu, com um sorriso aberto quase de orelha a orelha, enquanto a abraçava,

P. sem sorrisos, ar grave, deixando-se abraçar, respondeu - Olá amiga...nem por isso, tenho andado chateada...

perguntei - mas o que se passa? Alguma coisa grave? estás doente?

respondeu P - Pá... encontrei um amigo que já há muito tempo não via e com quem tive um relacionamento... que não deu em nada, estava-mos os dois carentes, num impulso, pensando que ia dar certo, resolvemos juntar os trapinhos... mas foi um grande erro, aliás fomos o erro um do outro... nunca estive apaixonada por ele, acho que ele por mim também não...nem sequer consegui sentir um pouco de admiração por ele,...foi uma decepção, não foi nada bom... e agora disse-me uma coisa que me deixou triste, mesmo chateada...

perguntei - ?

respondeu P. - vê lá que o tipo teve a lata de me dizer que estava contente por me ver, blá, blá, blá...que o mal que eu lhe fizera, já o tinha esquecido... ganda lata, ele que me fez tão mal, fiquei de rastos, com a minha vida toda de perna pró ar por causa dele, disso não se lembra ele... além de que se já tivesse esquecido não falava nisso, acho eu...

disse eu - Pois, talvez...

disse P - Os homens... todos a mesma m..., têm todos a memória curta, só se lembram do que lhes toca, deles e só deles... fiquei mesmo mal com isso...e nunca me tinha apercebido que afinal lhe tinha feito mal...não tinha pensado nisso!!
Disse eu - ahahahahahahah...
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